Kings of Leon
Biografia
Os três
irmãos Followill (Caleb, Nathan e Jared - Matthew é primo deles) passaram
grande parte de sua juventude viajando pelo Sul dos Estados Unidos com seu pai,
Ivan Leon Followill, um pastor da United Pentecostal Church International, e
sua mãe, Betty Ann. Caleb e Jared nasceram em Mt. Juliet, enquanto Nathan e
Matthew nasceram em Oklahoma City, Oklahoma. Segundo a revista Rolling Stone, "Enquanto
Leon palestrava em igrejas e tendas de renascimento por todo o sul, os garotos compareciam
a missas e eram ocasionalmente convocados para tocar alguns instrumentos."
Eles foram educados em casa por sua mãe, Betty Ann, e matriculados em pequenas
escolas paroquiais neste momento. Exceto por um período de cinco anos quando se
estabeleceram em Jackson, Tennessee.
Quando
meninos o "pai demitiu-se da Igreja e seus pais se divorciaram em 1997,
Nathan e Caleb mudaram-se para Nashville e abraçaram o rock e estilo de vida
que tinham anteriormente sido negado, na tentativa de invadir a indústria da
música. Enquanto estava lá, eles se encontraram com o compositor Angelo
Petraglia que ajudou os irmãos aprimorar suas habilidades de composição e os
apresentou às influências musicais do Thin Lizzy, The Rolling Stones e The
Clash, em particular. Seu irmão mais novo, Jared, que tinha brevemente
frequentado a escola pública, foi mais influenciado pela música de The Pixies e
The Velvet Underground. Quando ele e seu primo, Matthew, também se mudaram para
Nashville em 1999, o Kings of Leon foi formado. Eles nomearam a banda em
homenagem ao pai e avô, que se chamaram Leon.
Em 2002, Nathan e Caleb tinha recebido propostas de diversas gravadoras e acabaram assinando com a RCA Records. A banda lançou em 2002 o seu primeiro EP, intitulado "Holy Roller Novocaine", atraindo então a atenção da crítica inglesa.
O EP "What
I Saw" foi lançado em 26 de maio de 2003. O EP foi editado em 10"
Blue Vinyl (limitado para 5000 cópias), CD Digipack e DVD Single.
Em julho
de 2003, foi lançado o disco "Youth and Young Manhood",
primeiro da banda, e obteve relativo sucesso ao redor do mundo, principalmente
na Inglaterra. O álbum foi bem recebido pelos críticos recebendo nota 79 da
Metacritic. Alguns reviews como o do The Guardiam, Uncut, Entertainment Weekly e
Rolling Stone, foram favoráveis ao álbum e encheram a bola da
banda.Sinceramente, nunca vi tantos adjetivos em um review musical, chega ser
um exagero o que foi escrito pelo The Guardian. Mas também
houve criticas contrárias. O AllMusic Guide, Pitchfork e PopMatters deram notas
bem ruins para o álbum. Mas nenhum review se compara com o do PopMatters, eis um trecho dele:
"Em
um dos casos mais extremos de relações públicas na história recente, a grande
imprensa de ambos os lados do Atlântico fizeram vocês acreditarem que o Kings
of Leon são os próximos salvadores do rock 'n' roll. Uma publicação diz que "Youth
and Young Manhood" "um dos melhores álbuns de estréia dos últimos
10 anos", enquanto outra diz que a banda vai fazer "meu mundo um
lugar melhor em 2003". Tenho certeza que já está óbvio, pelo meu tom,
que nenhuma dessas alegações não estão próximas à verdade [...]"
Scott
Hreha, da PopMatters, continua espinafrando a banda e nesse trecho, se eu for
levar ao pé da letra, a banda nem deveria ter a sua biografia publicada aqui.
"Uma
das coisas que os admiradores do Kings of Leon trabalharam é a maneira que
eles, supostamente, revigoraram o Southern Rock do Lynyrd Skynyrd e Molly
Hatchet para uma nova geração, mesmo levando alguns críticos a ir tão longe
chamando-os de "Southern Strokes". Mas depois de escutar "Youth
and Young Manhood" diversas vezes, há apenas uma conclusão, a única
coisa Southern sobre essa banda é a sua origem geográfica. A menos, claro, que
você conte a tentativa fraca em uma linha de guitarra estilo Allman Brothers
estilo em “Joe’s Head”, mas mesmo isso é totalmente desprovido da
complexidade que fez as melodias do Allmans tão memoráveis. Com toda a
honestidade, a comparação "Southern Strokes" é provavelmente a mais
apta, pelo menos se for tomada pelo valor de face: uma banda de Tennessee, que
soa como o Strokes menos o senso de moda chique de Nova York."
"Então
eu suponho que é preciso dizer que "Youth and Young Manhood"
definitivamente não é um dos melhores álbuns de estréia dos últimos 10 anos,
não ganharia esse título mesmo que o prazo fosse reduzido aos últimos 10 dias.
Quanto a mim, eu vou acampar na minha caixa de correio até a reedição de luxo
do "At Fillmore East", do Allman Brothers, para que eu possa
limpar o paladar com algum Southern Rock que merece o seu status de nome
próprio."
Se formos
levar em consideração a média do Metacritic, que foi 79, a maior média da
banda; ao lado da do "Because of the Times", sendo que ele
recebeu 18 criticas positivas, 2 ficaram no meio do muro e 1 negativa, que foi
essa do PopMatters. Relevando exageros da critica, seja nos elogios ou nas
criticas, "Youth and Young Manhood", é para mim o melhor álbum
do Kings of Leon e nenhum dos seus sucessos comerciais, que serão abordados
mais a frente, conseguiram mudar essa opinião.
Em
novembro de 2004, foi lançado o segundo álbum da banda, este intitulado "Aha
Shake Heartbreak" (lançamento em novembro de 2004 no Reino Unido, em
fevereiro de 2005 nos Estados Unidos e em abril no restante do mundo). Com "Aha
Shake Heartbreak" a banda se torna uma realidade, principalmente, na Inglaterra,
na Austrália e em outras partes do mundo, mas ainda não estava agradando os
americanos. O álbum já vendeu mais de 910.000 cópias no mundo todo e foi
classificado como o 39° colocado no Top 100 Albums of the Decade da Rolling
Stone. O álbum vem com a etiqueta do Parental Advisory.
Durante
esse tempo eles se tornaram uma das bandas prediletas de grandes nomes do
'Rock', foram escolhidos por Bono Vox para abrir cerca de 20 shows do U2 em sua
turnê pelos Estados Unidos em 2005. Em 2005 também o 'Kings' precedeu o show
dos Strokes no TIM Festival em 2005 (Rio, Curitiba e SP). Em 2006 saíram em
turnê com o Pearl Jam e o Bob Dylan abrindo seus respectivos shows, assim como
foram anunciados pela Chrissie Hynde do The Pretenders como uma de suas bandas
favoritas.
Em 2006 a
banda lança o EP "Day Old Belgian Blues" em edição limitada,
gravado originalmente no Box AB em Bruxelas, Bélgica em 4 de novembro de 2004.
O título do EP joga com o nome de canção "Blues Day Old" do
álbum "Aha Shake Heartbreak", embora a música não apareça no
EP.
Em abril
de 2007, é lançado "Because of the Times" ( o título é uma
alusão a uma conferência americana de mesmo nome, é uma reunião de bispos e
pastores protestantes, em que ocorrem vários eventos relacionados à igreja e à
fé cristã e que os três irmãos costumavam frequentar todos os anos quando
crianças acompanhando o seu pai e ex-ministro pentecostal Leon Followill.)
O álbum
recebeu, em geral, criticas positivas e apareceu em enumeras listas de Top 10
para "Álbum do Ano. Em 2009, a Clash Magazine nomeou o álbum como n° 3 no
"Clash Essential 50" (a lista é cheia de coisas esquisitas), uma
lista dos lançamentos mais importantes feita pela revista desde 2004.
O álbum
também ficou na posição n° 6 na lista de álbuns do ano da NME, e também na
posição 31 da Rolling Stone em seu Top 50 Albums of 2007. A NME disse que o
álbum "cimenta o Kings Of Leon como uma das maiores bandas americanas
de todos os tempos" (isso foi um pouco exagerado) e a Entertainment
Weekly chamou "Because of the Times" de "um verdadeiro
épico e o melhor da banda até a data". Outros descreveram Because of
the Times como "um álbm completo, bonito e familiar, até amavel. Kings
of Leon está amadurecendo de forma incrivel com muita paciência, não forçando
nada musicalmente ou liricamente de forma a soar natural." Contudo
alguns criticos acharam o álbum inferior aos seus antecessores. Stylus Magazine
deu ao álbum nota C- e disse "se eles querem que nós os levemos a
sério, eles deviam ser mais honestos com o seu sotaque de uma pequena
celebridade e não fingir ser uma coisa ingênua." Dave Hood da
Artrocker deu ao álbum 1 estrela de 5, dizendo "Kings of Leon estão
experimentando, aprendendo e se perdendo um pouco também." Pitchfork
Media disse que "Because of the Times soa muito suspeito como um
contrataque contra as mulheres, lançado no meado dos anos 90, de um ego grande
e machucado. "
Com
"Because of the Times" o Kings of Leon começou a ser conhecido nos
Estados Unidos, alcançou a 25° posição na Billboard 200, a melhor colocação de
um álbum da banda até aquela data. Entraram simultaneamente nas paradas da
Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e Irlanda.
Lançado
em setembro de 2008, "Only by the Night" é o quarto álbum de
estúdio do Kings of Leon. A banda começou a escrever as canções para o quarto
álbum apenas alguns dias após o lançamento do seu terceiro, "Because of
the Times". O álbum foi produzido por Angelo Petraglia e Jacquire King
durante Fevereiro de 2008 no Blackbird Studios, Nashville.
Finalmente
a banda conseguiu chamar a atenção do público dos EUA. O álbum
apareceu na The Billboard 200 (4°), Top Internet Albums (5°), Top Digital
Albums (1°), Top Rock Albums (1°) e Top Modern Rock/Alternative Albums (1°).
Além dos
EUA, "Only by the Night" apareceu no Top 10 em mais 13 países
diferentes (Austrália, Bélgica, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido, Canadá,
Suécia,Dinamarca, Áustria, Finlândia, Noruega, Países Baixos e Suíça). A lista
de certificações também não é pequena. Austrália (630 mil cópias), Áustria (20
mil cópias), Bélgica (60 mil cópias), Canadá (320 mil cópias), Dinamarca (30
mil cópias), Finlândia (10 mil cópias), Alemanha (300 mil cópias), Irlanda (75
mil cópias), Nova Zelândia (75 mil cópias), Polônia (30 mil cópias), África do
Sul (40 mil cópias), Suécia (20 mil cópias), Suíça (15 mil cópias), Reino Unido
(1,5 milhão de cópias), Estados Unidos (2 milhões de cópias).
"Only by the
Night" também recebeu diversas indicações. Em 2009 venceu
na categoria Best Rock Performance by a Duo or Group with Vocal da Grammy
Awards, Best International Album da Brit Award, Best International Album da
Meteor Awards e Best Album da NME Award. Em 2010 venceu a categoria Best
International Album da Juno Awards, Record of the Year, Best Rock Performance
By a Duo/Group with Vocals e Best Rock Songda Grammy Awards.
Vendas em
alta, ótimas classificações nos charts e muitos prêmios, mas nem com isso o
álbum foi totalmente aceito pela critica, principalmente a americana. Em seu
review para o site Wiplash!, Fábio Cavalcante disse que:
"Considerando
que o Kings Of Leon iniciou sua carreira tocando um rock 'n' roll influenciado
por Southern Rock, mas sempre fez questão de "evoluir" após seu
primeiro álbum, já era de se esperar que um dia os experimentalismos fossem
tirar boa parte da alma e "brilho" da banda, como acontece em "Only
by the Night". E enquanto o quarteto continuar fazendo música para
apreciadores de um rock cada vez mais alternativo, esquecendo totalmente de
onde vieram, os fãs daquele Kings Of Leon mais dançante, alegre, humilde e
divertido, continuarão tristes."
Quando
uma banda lança um álbum de sucesso, se sucessor gera grande expectativa. "Come
Around Sundown" é um álbum complicado de se ouvir, pois ele é uma
clara tentativa da banda de agradar gregos e troianos. A banda buscou agradar
aqueles que odeiam os dois primeiros álbuns e aos que odeiam os dois últimos
[Nota: eu prefiro os dois primeiros álbuns]. Do álbum destaco apenas duas
faixas, "Beach Side" e "Birthday".
Concordo
com o Neto Rodrigues quando ele
diz que:
"Todos
têm o direito de querer buscar um som mais elaborado e de fácil acesso, mas
isso não quer dizer que a criatividade e o potencial para ousar – já mostrados
com propriedade pelo KOL – tenham que ser substituído por fórmulas preguiçosas
e que deixam o trabalho apenas como “mais um na pilha de CDs”. E tudo o que
menos precisamos no momento é de mais um disco descartável."
Mas
discordo do site WikiNoticia, quando ele diz
que:
"Para
aqueles fãs que sentem falta do som de "Because of the Times"
e os seus dois anteriores, está impregnada de suficiente canções rock
carboidratos para acreditar num futuro melhor, no qual a banda decidiu retornar
às suas raízes mais difícil e menos comercial."
Assim
como seu antecessor, "Come Around Sundown" foi e está sendo um
sucesso de vendas (vendeu, até o momento, mais de 2 milhões de cópias) e
figurou bem nos charts do mundo todo (figurou entre o Top 10 em 23 diferentes
charts), mas isso não significa que o álbum seja bom como um todo. Em um mundo
que tantas "imundices" musicais são produzidas e vendem como água,
não se pode mais acreditar no número de álbuns vendidos, que antes era um
termômetro de bons álbuns.
Em 29 de
julho de 2011, o vocalista Caleb Followill saiu do palco durante um show em
Dallas, Texas. Após pausar várias vezes durante o show entre as músicas para
fazer discursos sobre o calor e as dificuldades com sua voz, ele alegou que
estava indo deixar o palco para vomitar, beber uma cerveja e voltar para tocar
mais três canções. Ele nunca mais voltou, o que forçou os outros membros da
banda a pedir desculpas ao público. "O Caleb não está bem para tocar o
resto do show", disse o baixista Jared Followill. "Adoramos muito
vocês, mas eu sei que vocês nos odeiam. Sinto muito. Realmente não é nossa
culpa, é o Caleb. Ele não pode fazer o resto do show. Voltaremos assim que
pudermos." O baixista Jared Followill abordou o incidente no dia seguinte,
dizendo: "Eu amo nossos fãs tanto. Eu sei que vocês não são estúpidos. Eu
não posso mentir. Existem problemas em nossa banda maior do que não beber
Gatorade o suficiente."
Em 01 de
agosto de 2011, a banda anunciou através do seu site que o restante de sua
turnê pelos EUA seria cancelada sem reagendamento, devido às datas que já
estavam agendadas.
A banda
publicou o seguinte comunicado:
"Sentimos
muito por informar que o Kings of Leon está cancelando toda a turnê americana
por Caleb Followill estar sofrendo problemas com voz e exaustão. A banda está
devastada, mas para dar aos fãs os shows que eles merecem precisam fazer esta
pausa. Infelizmente, as datas americanas não podem ser remarcadas por conta da
agenda internacional da turnê. Os valores dos ingressos serão devolvidos nos
pontos de venda. Os ingressos adquiridos pela internet ou por telefone serão
reembolsados automaticamente. A banda voltará com a turnê no Canadá no Rogers
Center em Vancouver, em 28 de setembro. Esta data foi agendada originalmente
para 14 de setembro."
Essa
pausa não significa o fim da banda, foi o que disse o baterista Nathan
Followill em seu Twitter: "Peço desculpas aos fãs. Nós só precisamos de
uma pausa. Obrigado por entenderem. NÓS NÃO ESTAMOS NOS SEPARANDO!"
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